Administrar vai muito além do que comandar um grupo de pessoas. É ensinar, ajudar, compreender, delegar tarefas...
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segunda-feira, 16 de março de 2009

CRÍTICA SOBRE A COMUNICAÇÃO NO FILME O TERMINAL


Um filme rico na utilização da linguagem e comunicação. Porém, podemos classificar a comunicação de Viktor no início do filme como inadequada. A dificuldade por não dominar o código ao chegar a um novo país o deixa praticamente isolado já que ele não havia se preparado para as barreiras impostas pelo idioma de um país estranho. Viktor não consegue se comunicar com as pessoas, não consegue saber o porquê não pode entrar em New York nem o que está acontecendo em seu país e apenas reconhece que o noticiário fala de sua terra quando ouve o hino nacional, importante código para qualquer povo, e mesmo querendo saber mais sobre a situação não consegue se fazer entender.

A comunicação começa a acontecer com a superação de Viktor que mesmo passando por situações muito difíceis chega ao ponto de aprender sozinho um pouco da língua local, e assim, consegue sobreviver e também se informar sobre as burocracias do aeroporto. Com o conhecimento adquirido consegue ajudar o turista que precisava levar os remédios para seu pai. Somente ele podia ajudar naquela situação, pois, era o único que conhecia ambos os códigos, além de unir a isso o conhecimento adquirido no tempo em que passou no aeroporto, já que, naquela ocasião de nada adiantaria a Viktor dominar os códigos se ele não tivesse lido e aprendido que no formulário de imigração azul constava a informação de que não seria obrigatório o porte de receita para quem levasse medicamentos para uso veterinário. Além da sensibilidade e da humanidade, a vontade de ajudar demonstrada por Viktor veio da empatia pelo estrangeiro, que assim como ele, também estava ali por causa do pai.

Devemos focar em todos os sinais de comunicação, pois podemos emiti-los até sem querer ou perceber. Como na ocasião em que os turistas japoneses que por estarem em uma excursão para Disney sem portar uma câmera fotográfica emitem uma mensagem de que algo pode estar errado. E essa mensagem foi recebida por Dixon, Diretor do aeroporto. Ou quando Viktor escuta o barulho feito pela câmera de segurança, ele percebe que está sendo observado e muda sua atitude.

Para que a comunicação aconteça não basta apenas que o emissor transmita uma mensagem, o receptor deve entender os sinais emitidos. Quando não atentamos para esses sinais, podem acontecer incidentes como quando Viktor entra no banheiro feminino ou quando as pessoas escorregavam no piso molhado. Eles não observaram os símbolos, mesmo estando o aeroporto muito bem sinalizado por diversos códigos, setas, indicações, avisos e marcações, utilização de linguagem mista, como nos banheiros e telefones, nos quais além dos nomes possuíam imagens facilitando o entendimento por todos.

Ao analisar todas as dificuldades enfrentadas por Viktor vemos a importância da comunicação. E podemos concluir que para a comunicação existir não basta acreditar, por exemplo, naquele velho ditado que diz: “Quem tem boca vai a Roma”. Para ir a Roma não basta apenas ter boca, é preciso entender e se fazer entender.