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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O INDIVÍDUO E AS ORGANIZAÇÕES

Para analisar a relação do indivíduo com as organizações é preciso fazê-lo inicialmente por dois pontos de vista: Pela visão da Administração Científica e por meio da Teoria de Relações Humanas.

A Administração Científica surge com a revolução industrial e substitui o modelo artesanal de produção pela mecanização da indústria e da agricultura. Substitui a improvisação pela ciência, através do planejamento do método de trabalho, separando quem pensa e quem faz. Com o estudo dos tempos e movimentos chega-se há um tempo padrão. Selecionam-se cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e treina-os para produzir mais e melhor de acordo com o método planejado. Organizam-se também as máquinas e ferramentas, controlam o trabalho para se certificar que está se executando o que foi planejamento, distribuindo distintamente atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada. Após o trabalho ser estudado, racionalizado, padronizado e o operário ser treinado, faltava ainda que este colaborasse com a empresa, trabalhado dentro dos padrões estabelecidos, para isso foram criados incentivos salariais baseados na produção. Para Frederick Taylor, "o operário não tem capacidade, nem formação, para analisar cientificamente seu trabalho”. Os indivíduos são classificados como “homem econômico”, conceito este que diz que o homem trabalha, não porque gosta, mas por necessidade e que a motivação é o medo da fome, é querer ter dinheiro para viver. O indivíduo é um ser mesquinho, preguiçoso e mercenário.

A Escola das Relações Humanas surge para criticar o modelo atual em que era feita uma abordagem simplificada da organização, visando apenas à eficiência do ponto de vista técnico e econômico. Não eram considerados os conteúdos psicológicos e sociais. Com a Escola das Relações Humanas o indivíduo passa a ser visto de outra maneira, não mais como um recurso como era visto pelos engenheiros, e recebe maior atenção por parte dos psicólogos. Com a Teoria das Relações Humanas, Elton Mayo preconiza a ideia das necessidades humanas, como segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto-realização. Os indivíduos são classificados como “homem social”, conceito que diz que o homem não pode ter seu comportamento reduzido a esquemas simples e mecanicistas, ele é condicionado pelo esquema social , por demandas de ordem biológicas e que a motivação econômica é secundária. As pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação e participação nas atividades grupais

Entretanto, são as idéias de Herbert Simon que mostram que independente dos aspectos estudados nenhum homem é capaz de tomar uma decisão perfeita, podendo apenas tomar decisões satisfatórias. A racionalidade do homem é limitada, individual e influenciada por fatores culturais, de conhecimento, psicológicos, sociais, informativos e de processamento e que cada um ou vários desses fatores vão influenciar nas decisões do indivíduo. Por isso, em sua relação com a organização, não cabe a ele uma classificação como “homem econômico” ou “homem social”. O principal objetivo destas teorias era melhorar o desempenho dos trabalhadores e a produção no ambiente de trabalho. Mesmo que opostos nos aspectos abordados. E pode-se observar que os métodos utilizados aplicam-se em vários ramos de atividade organizacional nos dias de hoje.

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